quinta-feira, 3 de junho de 2010

Teimosia

Quando meu corpo perder a resistência
Ainda assim me manterei de pé
Quando as mãos perderem o tato
Ainda assim rabiscarei com atitude
Mas cadê a minha voz?
Oh, meu deus mataram a minha voz!
A sua ressurreição virá com um grito desumano;
Um grito de socorro,
De liberdade,
De alivio,
De atitude.
A máquina pensante em plena atividade
Criando, possibilidades de contestação.
E quando não houver mais nada;
Mais reflexos,
Mais aspirações,
Mais esperanças,
A morte enfim, estará declarada.
Apenas a morte do corpo, jamais do poeta.
E o poeta renascerá a cada amanhecer;
No gorjear dos pássaros,
No florescer dos jardins,
No reluzir dos astros.
Para loucamente a vida amar
E mais loucamente voltar a sonhar.


Cristóvany Fróes

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