terça-feira, 21 de agosto de 2012

ASSOLADOS QUINTAIS

       Em nossos campos assolados
     Os rebentos insistentes vingam...
  Seus pálidos frutos não são polpudos
      E o mais árduo produtor chora...
    E seus soluços de dor perdem-se
       No inóspito espaço sertanejo.

   Novenas e procissões se arrastam
     De olhos e mãos para o cosmo...
     As gotas de esperança tardam e,
      Teimam rudes no firmamento.

    Viagens de morte e vida Severina,
   levam Riobaldos a veredas distantes.
     O tão esperado cio da terra surge
   Nos pingos de alegria caídos dos céus.
         E a bruta terra fecunda a vida
      Nessa voraz necessidade humana.

               (Cristóvany Fróes)