terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sala de Aula

Em lavra pensada se lavra mais que uma descoberta.
Em suma, eu espero agora que ninguém suma e escute,
O que digo da deusa Era, que já não era como Roberta.
Serena de corpo são, que também são qualidades da Ruth;

O nosso mestre virá reclamar se esta vira para Edlene
E a convida a ir embora, embora a aula ainda mira.
Uns em vão, outros não, e vão dando a atenção solene
À aula que se vinha, mas a vinha muito perturba Maíra.

A venda e o uso desse produto, venda as percepções na sala...
_ “ E jamais cobre os cobres gastos”, como disse Thaís
À Griace que não bebe, porém, se porem no copo, fala:
_ “ Se o caso é não beber, eu não caso e não fico feliz”.

A aula prossegue, juro, mas o juro virá no final do ano.
Elias sua ao ver sua nota, quando Alberto levanta o dedo:
_ “Exatamente! Para de falar, para ouvir o colega Adriano”.
Alguém tira uma tira do cabelo e passa à Andréa Toledo.

_ “Leva tapa, quem tapa o sol com peneira”, disse Rosa;
Bianca não poupa ninguém, nem mesmo a polpa da ciriguela.
E manga agora do suco de manga comprado pela formosa
Ariana, que eu olho e a vejo piscar o delicado olho para Mirella.

Robson fala que seu Sidnei, com seu jeito gozador disse:
_ “O Papa, papa a missa do galo e o povo o ampara”.
Silvia caiu como uma maçã e, acordou antes que a maca saisse,
Inar é pagã, mas sabe que nada paga a fé que tem Dandara.

Patrícia enfatiza: _ Amem sempre e digam amém a toda essa magia.
Natacha não aceita, se neste país, poucos pais nos ensinam isso.
_ “Minha meta é ser feliz, nem que eu meta minha a ideologia”.
Disse Flávia, uma diva, que sentada no divã apostaria a vida nisso

Thaís diz à tuca: - Não tema a nada, o tema da vida é ser feliz.
Sei que ela iria à roma por Deus e comeria romã para amar.
_ “O saber é como a faca, é util, faça bom uso e o bem condiz”
Grita Paulinho, em traje de lã, lá no fundo da poesia de rimar.

A colher a qual nós usamos para colher o alimento intelectual,
Não serviu para o tipo de homem servil, que desistiu de estudar.
A aula foi-se como se uma foice decepasse o tempo habitual;
E a cena rara vem, quando o professor acena querendo ficar.

O saber apenas nos revela, não mente como a mente alienada,
E com certa manha, ele deveria ser o café da manhã da gente.
O caminho é o cozer de livros, e o coser da inteligência revelada.
Parto para casa, à espera do parto de um conhecimento contingente.


[Cristovany Fróes]