sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Fragmentos de um poeta

No banco da praça, o homem,
E nele, a poesia...
Suas lavras são recitadas
Num falar de encantos mil.
Viagens voluptuosas surgem
Dum tão íntimo sonhar...
E seus delírios, docemente,
Afugentam as nuvens chorosas.`
À tarde, quando sangra o sol
E a noite ousa atropelar o tempo,
O ser se contenta em fitar jandaias...
São apenas pássaros!
Pássaros dum arrebol celestial,
Em voos rasantes sobre a fantasia.
E num desejo oculto de voar,
O poeta paira sobre a poesia natural,
E se eterniza por um instante...
Gotas de orvalho caem sobre cãs;
E assim, parte daquela paisagem,
Ele busca no intimo a inspiração...
E dum sorriso,
Um olhar,
Um vislumbre,
Um sonhar;
Nasce na sutileza das palavras
O inspirador, verso diverso.

(Cristóvany Fróes)