sexta-feira, 28 de maio de 2010

Viajar

Levanto,
Tento partir
Mas, incompetentes
Os pés não obedecem.
O corpo verga e cai.
E no monturo
Tento reagir.
Sem êxito, apenas a mente,
Aventura-se a prosseguir.
Embarco na linha do horizonte
E vou...
Viajo nesse lá sem fim.
Onde não há danos.
E no cosmo toco estrelas
Como harpas em leve toada.
Flutuo como a lua
A fascinar e roubar amantes
E em um mar azul
Navego em barcos de papel
Rumo ao desconhecido
Sem limite
Sem vertigem
Sem dor.
Infinitamente além.
Infinitamente só.

[Cristóvany fróes]

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