Dia cinza dia nu,
Dia cinza dia nu.
Um silêncio incômodo,
Nada se ouve.
Nada!
Nem pássaro,
Nem vento,
Nem mar.
No peito, intempéries.
Sem brilho, descolore,
Tudo!
Da planta, a cicuta,
Do chão, o abismo,
Da rosa, os espinhos.
De repente, se ouve passos.
Será música incorpórea?
Ao longe vem a Tereza;
Canta pássaro,
Sopra vento,
Há ondas ao mar.
Surge, então, um sorriso...
Tudo brilha,
Tudo brilha,
Tudo brilha.
O peito se acalma,
As cores se revelam...
Da planta, a cura,
Do chão, o amparo,
Da rosa, as pétalas.
Sinos são ouvidos;
Calafrios são sentidos,
Arrepios ao corpo...
Chega a Tereza,
Toda envolvente.
O dia se veste
E nasce o sol.
[Cristóvany Fróes]
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