quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Desalento

Eu sou a sombra do penhasco,
o suicídio impensado.

Eu sou a mágoa sem motivo,
a angustia contínua.

Eu sou o choro incessante,
o grito no deserto.

Eu sou a amargura do boldo,
a saliva indegustável.

Eu sou o passado esquecido,
o ser invisível.

Eu sou o caco de vidro,
o corte profundo.

Eu sou o sonho que passou,
o pesadelo contínuo.

Eu sou a triste morte lenta,
a dor incessante.

Eu sou o dorso chicoteado,
O réu sem defesa.

Eu sou o terrível desespero,
a flor despedaçada.

Eu sou a espera de um alguém...
Que nunca apareceu.

( Cristóvany Fróes)

Nenhum comentário:

Postar um comentário