sábado, 19 de novembro de 2011

Ao cair da noite

No entardecer,
crepúsculos cinzentos
encerram os dias de luz.
Os mágicos sonhos
perdem-se no infinito
das tardes de rosas.
Êxtases em flor
enganam a morte
que me jura.
A noite pousa devagar
e lamentos de dor
revelam-se na escuridão.
A lua chega,
e soluços de medo
calam-se diante
deste condor noturno.
Com lanças no peito,
ventos amargos
desenham solidão.
Pálpebras roxas
veem átropos no asfalto,
em gemidos abafados.
Árvores toscas abrem
aos céus os galhos
e clamam himeneus.
Partem os versos
e fica meu corpo jaz
sobre a fantasia...
No esplendor,
a alvorada surge
com seu castelo de luz.
O amanhecer renova as
esperanças,
e recomeça para então,
um novo dia...

( Cristóvany Fróes )

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