domingo, 1 de maio de 2011

Pouco amor

Eu quero amar...
Amar, mesmo quando houver desamor.
E quando o desamor desanimar
eu amarei ainda mais.
Mesmo quando o ódio corroer o peito,
eu amarei para curar.
Eu quero amar...
Amar, amar, até que eu me canse
de amar
e ame denovo para descansar.
E quando amar for amoroso demais
eu amarei para amenizar.
Eu quero falar tanto de amor,
que o poema deixará de ser poema
e será, amor.
Eu quero amar
até o ponto em que o "não"
disser sim, ao amor.
E se me proibirem de amar,
eu amarei a proibição do amor
e o amor proibido.
Eu quero amar a idéia de amar,
e amar a quem ama incondicionalmente.
Amar o meu amor e o amor dos outros,
que somados ao meu, ficarão ainda maiores.
Amar o amor e dividir amor com outrem.
E se o amor não me amar,
eu amarei o amor até o amor me amar.
Eu quero amar, porque amar
não se perde tempo explicando,
simplesmente ama.
E se o tempo passar quando eu amar
eu amarei até que ele volte.
Eu quero amar...
Quando rouco eu estiver,
sussurrarei amor nos ouvidos do amor.
E quando o amor chegar ao fim
é porque finalmente chegou a hora de amar,
perdidamente.

[Cristóvany Fróes]

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