Da professora Tereza os olhos.
Fixos em mim, disperso no erro.
E quanto a paixão de pimpolhos,
fazia-me rugir como tigre no cerro.
Da professora Tereza a boca,
num falar da gramática sonora.
Dos lábios saiam a sinfonia louca
e eu ali dentro, viajava lá fora.
Da professora Tereza o pescoço,
cujas veias se sobressaiam, irritada.
Via-se volúpia nos momentos de esforso.
Era alta, mas, meu tamanho, sentada.
Da professora Tereza "uns braços",
se elevando nos momentos de giz.
Em cada palavra na lousa, seus laços
e a denuncia da lição que eu não fiz.
Da professora Tereza o perfume,
impregnava esta sala de minh'alma,
a distribuir no ar tanto amor e lume,
que meu peito até hoje bate palma.
( Cristóvany Fróes )
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