terça-feira, 13 de julho de 2010

Morte da morte

Num dia triste e sofrido...
Um homem quis suicidar-se
E ao olhar para as alturas,
Que a selva de concreto produz,
Imaginou a possibilidade da morte.

E de repente no mais alto edifício,
Por lhe restar apenas o último olhar,
Vislumbra a animação dos átomos
Que lá embaixo são homens e mulheres.

Assaltado pela vertigem, vê-se, então
Obrigado a olhar para o horizonte,
Que se encerra nos limites da visão.
Percebe a infinidade da existência
E a beleza das flores em pólen e mel.

Surge um sorriso e a imagem do cosmo,
Que com seus astros torna mais forte
A vontade de provar do doce viver.

Cristóvany Fróes

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