sábado, 17 de julho de 2010

Alegretriste

Um sonho aqui eu vivi.
Vi meus castelos derrubados,
Alados amores inalcançáveis
Amáveis, nunca para mim.
Sim, se foram as esperanças,
Confianças de que conseguiria.
Lutaria por um lugar ao sol,
Atol, lugar onde um dia saí,
Daí, eu não queria voltar.
Atar meus laços eu pensava,
Andava num mundo de ilusões,
Emoções sentidas em vão.
São rudes minhas fantasias,
Azias provocadas pela derrota.
Rota do sudeste para nordeste,
Leste, eu não iria de passagem,
Coragem ficou aí pelo caminho.
Mansinho e adestrado eu volto,
Solto, numa liberdade estranha,
Arranha ferindo o meu ego,
Nego o verdadeiro fracasso.
Escasso, eu fiquei de perseverança,
Avança agora a vontade de parar.
Varar o peito com o vil retorno,
Torno ao início do caminho.
Sozinho em busca do que não sei,
Cansei, vou descobri, eu juro.
O Juro será cobrado na vitória,
Glória é esperada em ilhéus.
Céus gris troco pelos azulados,
Gelados ficam os meus eus,
Ateus das coisas materiais,
Cordiais a amigos conquistados;
Animados, me fazem sorrir,
Carpir em serem verdadeiros,
Maneiros, totalmente de graça.
Desfaça meu peito da verdade,
Saudade vai levar de pessoas
Boas que me querem bem,
Também entendem a decisão.
São compreensivos nessa vida,
Tida como amada e desconecta.
Conecta agora a saudade que sinto.
Instinto, diz que os verei novamente,
Contente parto para o berço,
Exerço o mais triste papel
Fel é o gosto de amigos deixar.
Inchar os olhos de tanto pranto.
Portanto, deles hei de sempre lembrar.


Cristóvany Fróes

Um comentário:

  1. Uma ode para amigos...

    Em alagretriste, foi usada outra
    forma rimática, Onde a ultima de
    Um verso, rima com o inicio do próximo.
    As lamentações de toda uma vida se
    Rendem às conquistas sentimentais,
    Consegüentemente de amigos.
    O pranto derivado de uma viagem
    Que nunca é completamente alegre
    Ou triste.
    Quem vai leva saudade,
    E deixa saudade também.
    Quem chega, saudade mata,
    Quem fica saudade tem.

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