segunda-feira, 4 de julho de 2011

Reamor

E brota num peito um belo sentimento,
em que a chama ardente serve de guia.
Um queimor indescritível alegra o âmago
e a fina sintonia de uma orquestra o embala.
Rancores desaparecem e dão lugar a cores,
Cores que formam um colorido tridimensional,
induzindo os amantes à valsa louca.

Loucura para terceiros, paraiso em quem sente,
e belo, diante da pureza de assussena.
O tempo se esvai numa metamorfose imperceptível,
repleto de carícias e declarações de bem estar.
Por ironia da vida, vem o desamor e os separa
e desde então, um castelã de tristeza os assalta.

Perde-se da vida o sentido, a realidade se enduresse
e o mais puro sentimento desaparece.
E no jogo de amor-desamor e morte-renascimento,
surge da eternidade o reamor, na contradição do efêmero.
Da semente brota a árvore e da árvore a semente
o amor nunca morre, permanece eminente.
Quem ama, ama para dormir, acorda para amar
e reama num puro e incessante flamejar.

( Cristóvany Fróes )

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