quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Triste busca

    É fácil fazer-se triste,
     Difícil é estar alegre...

   E neste mar de solidão
  Há um tormento ritmado...

No estandarte de melancolia
 Eu não sei se fico ou se vou.

  Lá fora, folhas secas caem
    Dessas árvores amargas,
Num solitário chão de abismos.

  Preso em minha casmurrice
  Eu anoiteço sem entardecer...

 E nesta noite fria e tão errante
  Minhas palavras sempre vãs,
 Desfalecem no tempo mórbido,
 E na juventude que já me fugiu.

    Louco, tento resistir à sina,
À soma dos alcaloides do Bandeira...

   Sozinho, busco lírios de paz,
     Neste meu bosque árido.

   Entre minhas lágrimas, sonhos
     Sobre uma realidade triste
          perturbam meu ser...

   E esses sonhos ficam à deriva,
     Num navio de esperanças,
     Em busca do porto seguro,
            Chamado amor.

          (Cristóvany Fróes) 


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