segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Doce voz

Ó doce voz que avança,
Que esperança
Traz-me da brisa do mar?
Dos versos, as passagens
De mensagens
Para fazer-me rimar...

Ó doce voz que avança,
Uma confiança
A comunicação por torpedos.
No recado doces palavras,
Suas lavras
Expressas com os dedos.

Ó doce voz que avança,
És herança
Em nossa busca do saber.
Vives de minha imaginação
Na emoção
Que tento sempre entender.

Ó doce voz que avança,
O que lanças
Sobre os teus próprios pés?
Aproveita- te da rubra aurora
Que agora
O céu esconde-me quem és.

Ó doce voz que avança,
Que aliança
Tu vens a ter com a lua?
Apresenta-se tão distante,
Num instante
Que expressa a face tua.

Ó doce voz que avança,
E avança
Neste caminho de amizade.
Que nada encontres na vida
Flor querida,
Senão a eterna felicidade.

Ó doce voz que avança,
A mudança
Fez nascer tua identificação.
Vanessa, enigmático cometa,
Só prometas,
Sempre voarás com o coração.

Ó doce voz que avança,
Que esperança
Traz-me da brisa do mar?
Dos versos, as passagens
De mensagens
Para fazer-me rimar...

( Cristóvany Fróes )

Um comentário:

  1. DOCE VOZ vem com o propósito de homenagear
    alguém que não se conhece, pelo menos não fisicamente...
    O texto tem como mote, a comunicação via mensagem de texto(torpedo)e oralmente(via celular), embora esta não esteja explícita.
    É usado como vocativo o verso "Ó doce voz que avança", para ditar o rítmo e abrir cada estrofe.
    Ao longo do texto, a doce voz avança gradativamente no sentido de existência
    cada vez mais forte na vida do narrador.
    Obs.: o texto foi inspirado numa situação
    real na vida do autor, o fato de se comunicar
    com alguém por telefone, sem ao menos conhecer.

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