terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Olhar de um cego

Não vejo as pessoas passarem,
Nem as ambições em seus rostos.

Não as vejo correrem inutilmente
Nessa busca incessante por matéria.

Não as vejo em apegos fúteis,
Nem a sua inegável coisificação.

Tudo que vejo são mundos coloridos,
Nas pessoas do bem fazendo o bem.

Vejo ecos de amor na vastidão,
Como crianças cantando cirandas encantadas.

Vejo a esperança se renovar
Com o nascer e findar de cada dia.

Vejo a caridade que nos irmana,
Na vida que o peito me deixa enxergar...

( Cristóvany Fróes )

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